terça-feira, 13 de agosto de 2013

Blogueira alerta sobre cuidados de beleza para quem faz quimioterapia

Flavia Maoli é uma jovem de 26 anos. Em 2011, foi diagnosticada com o Linfoma de Hodgkin, o mesmo a personagem Nicole, da novela Amor à vida. Um tipo de câncer que requer cuidados e tratamentos, como a quimioterapia, mas, ao contrário do que foi presentado na ficção, é um dos cânceres mais curáveis que existe.

“Nicole teve a mesma doença que eu tenho – um dos cânceres mais curáveis que existe. E, ao contrário do boletim ‘médico’ da personagem, não existe metástase pulmonar nesse tipo de câncer! É tão errado quanto dizer que a garota tinha câncer de próstata!", esclarece em uma publicação sob o título "Quando a realidade é melhor do que a ficção".

Flavia nos contou muitas lições que aprendeu, de lá pra cá. Inclusive, lições de beleza. "Quando eu comecei o tratamento, eu me sentia bem, ao contrário do que pensavam. E queria mostrar por fora como me sentia por dentro. Foi, então, que aprendi truques de beleza. Antes, eu não não sabia nem passar um delineador! Minhas amigas comentavam que eu virei um mulherão", conta ela, que tinha 23 anos, à época.

E foi pensando em jovens que, como ela, precisaram entender uma nova condição física, por conta dos tratamentos e medicamentos indicados para a cura do câncer, que Flávia criou o blog 'Além do cabelo' (www.alemdocabelo.com). "Quando eu fui diagnosticada, comecei a pesquisar na internet e não encontrava nada com que me identificasse. Ou era um diário, contando o dia a dia da paciente, ou era tudo muito técnico", explica.

Hoje, quem procura, acha. No blog, ela dá dicas de beleza, da cabeça aos pés. Flavia não é a primeira a abordar a doença com tranquilidade e sem papas na língua. Mas, no texto, não tem drama. Ao contrário. Tudo é escrito, justamente, para fugir dele. Tudo em pequenos detalhes e com alternativas para resolver qualquer questão.

O momento da queda do cabelo
Ao contrário do que a ficção discute e, às vezes, até estimula, desfazer-se do cabelo, antes de avaliar seu comportamento com o andar do tratamento, não é a primeira opção. "Tem paciente que perde o cabelo em dois ou três dias de quimioterapia. Mas, tem que gente que não perde o cabelo! É preciso entender com o médico como será o tratamento e estudar sua genética", aconselha. Ainda assim, conta Flávia, só o tempo dirá com precisão. "Vale a pena esperar para ver como o cabelo se comporta", avalia.

Mas Flavia tem outra dica sensata e valiosa: "Em vez de raspar cabelo imediatamente, é bom aproveitar para ousar em cortes que nunca teve coragem. Eu penso que não tenho pressa nenhuma para ficar careca!", pondera. Outro alerta é quanto a aproveitar as madeixas para uma futura peruca de fios naturais. "Isso é uma bobagem. Tenho amigas que quiseram, logo ao serem diagnosticas, cortar a partir da raiz. Mas é necessário muito mais para fazer uma peruca natural. É besteira", avisa. Uma ótimo solução que Flavia encontrou foi o aplique de franja. "O que eu acho a maior dica é uma peruca com franja. Fica mais natural, porque esconde a raiz que sempre fica evidente no contorno do rosto".


Cílios, demaquilantes, unhas: Flavia dá as suas dicas e faz alertas
Flavia Maoli alerta para outras consequências da queda dos pelos. "Os cílios caem mais devagar do que o cabelo. Mas ficam fracos. Então, não se deve esfregar e usar maquiagem à prova d'água, porque é difícil de tirar. Para tirar a maquiagem, inclusive, o ideal é demaquilante bifásico, que é bem oleoso". O uso dos cílios postiços não é aconselhável. "A pele da pálpebra fica sensível e a cola usada para fixar os cílios postiços pode causar alguma reação na região, muito perto dos olhos. Não vale a pena arriscar", conta. 

Ela também explica sobre a importância dos cuidados com as unhas. Os médicos recomendam não tirar a cutícula, porque fica-se mais vulnerável à infecções. Como a imunidade está mais baixa, por conta do tratamento, o que era um pequeno problema, como uma unha encravada, pode virar um transtorno maior", explica. A sugestão de Flavia é deixar as unhas curtas para não acumular sujeira embaixo e não compartilhar material. Nem os esmaltes: "As pessoas não alertam para isso, mas os esmaltes, quando compartilhados, podem acumular fungos de outras pessoas. E para quem está em um tratamento como a quimioterapia, há que se ter cuidado". 

A baixa da imunidade, explica Flavia, porque a função do tratamento é, justamente, acabar com a reprodução das células, que estão doentes. "Por isso o paciente fica mais frágil", conclui. Ainda com relação à manicure, em vez de, Flavia recomenda. "Para quem tiver rejeição a odores e o cheiro da acetona enjoar, a melhor opção são os lencinhos que removem esmalte, sem cheiro. A fórmula contém óleo e ainda hidrata a unha", recomenda. 


Fonte: Renata Pinheiro (gnt.globo.com)

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