A primeira sede da Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (Aapecan) foi oficialmente aberta em março de 2005, na cidade de Caxias do Sul. A unidade de Santa Cruz do Sul foi instalada em outubro de 2006. A Casa de Apoio, que hospeda gratuitamente os pacientes de radioterapia e quimioterapia, foi inaugurada em 21 de janeiro de 2011. No entanto, no dia 3 de outubro de 2014 a instituição mudou-se para a nova sede. Até o mês de outubro, a casa conta com 1.138 pacientes cadastrados.
A ideia de abrir uma entidade que apoiasse portadores de câncer surgiu a partir de um grupo de voluntários que realizava atividades para a comunidade, como visitas em hospitais, bairros e associações beneficentes. Durante as visitas, o grupo percebeu a dificuldade que as pessoas com a doença enfrentavam, principalmente após a internação, já que a continuidade do tratamento e dos suplementos necessários tem um custo elevado.
Frente à fragilidade socioeconômica e emocional que a doença provoca no paciente e em toda a família, a Aapecan oferece, segundo o assessor de comunicação, Lusardo Ramos Jr., acompanhamento com assistentes sociais e psicólogos Além disso, realiza atendimento individual, grupos de apoio, encontros, visitas domiciliares, oficinas, confraternizações e passeios. “A Aapecan visa ser referência em atendimento a usuários com câncer por meio de ações decisivas destinadas a gerar medidas preventivas e de informação para o enfrentamento do tratamento de usuários de todo o Brasil”, destaca.
Para receber a ajuda da Aapecan, o paciente precisa se cadastrar na entidade. “Esse cadastro é feito mediante a apresentação de laudo médico, comprovando a doença”, explica Ramos. Além disso, segundo ele, o paciente recebe em casa a visita da assistente social que preenche o prontuário pessoal e familiar, confirmando, assim, a necessidade de cada usuário. A partir disso é definido, então, qual o tipo de benefício material que o usuário vai receber,
No entanto, o trabalho da instituição não se restringe apenas ao fornecimento de materiais. Os pacientes atendidos pela Associação de Santa Cruz ainda encontram na artesanato, orientação jurídica, teatro, oficina de música, confraternizações em datas comemorativas, datas preventivas, dia de beleza, passeios, palestras e campanhas de prevenção.
Como a Aapecan sobrevive?
Os recursos são arrecadados junto à população, através do telemarketing com doações em gêneros ou financeiros, parcerias, campanhas e promoções. Além disso, conta com a ajuda de voluntários e funcionários.
O trabalho de arrecadação de doações começa no telemarketing. As atendentes ligam para residências e empresas solicitando doações e explicando o trabalho da Aapecan. Após o acerto via telefone, os mensageiros vão até a casa das pessoas e empresas para recolher a doação.
Conheça as atividades que a instituição oferece aos pacientes
Grupo de apoio: Uma vez por mês os pacientes de Santa Cruz se reúnem na sede com o objetivo de conciliar suas vivências e práticas, reunidas com conhecimentos técnicos e trocas de experiências.
Acolhimento: O acolhimento configura-se como uma forma singular de receber as pessoas que procuram a Aapecan, com disponibilidade para escutar e valorizar as suas particularidades, promovendo condições para que se sofrimento possa ser expresso, visando aproximar-se das necessidades daqueles que procuram o serviço.
Artesanato: Tem o objetivo de desenvolver a autoestima do paciente e o convívio em grupo. A atividade acontece duas vezes por semana no município e periodicamente nas cidades com atendimento do Grupo de Apoio.
Orientação jurídica: Orientações sobre direitos sociais e encaminhamento de benefícios.
Culinária: Quinzenalmente, alguns usuários da Aapecan se reúnem na sede para colocar em prática receitas trazidas ao longo do mês e após é servido para degustação.
Oficina de música: Desenvolver a capacidade de escutar e de convívio social na medida que a música encontra no indivíduo um canal de comunicação disponível.
Teatro: O grupo de teatro tem como objetivo a expressão da criatividade através da música, dança, narração e outras construídas pelos participantes, a fim de dar suporte com apresentações dentro das palestrar realizadas pelo Projeto de Palestrar de Prevenção do Câncer quando necessário.
Texto: Giuliane Giovanaz e Mahara de Brito - Acadêmicas deJornalismo da Unisc
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