sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Aapecan dá apoio e hospedagem a pacientes cadastrados com câncer

Além dos serviços oferecidos pelos hospitais e centros de atendimento de oncologia, existem outros grupos que dão suporte aos pacientes. Muitas vezes o trabalho é voluntário, em outros casos, remunerado, contudo, sempre primando por fornecer medicamentos e o auxílio necessário para os pacientes com câncer e seus familiares. Um dos mais conhecidos exemplos destes é a Associação de Apoio a pessoas com Câncer (Aapecan), uma Organização Não Governamental (ONG), que teve a sua sede instalada em 2006 em Santa Cruz do Sul. No dia 3 de outubro de 2014, no entanto, a instituição mudou-se para a nova sede.
A Casa de Apoio foi inaugurada em novembro de 2011. O local hospeda os pacientes cadastrados na associação que estão em tratamento de radioterapia e quimioterapia no Hospital Ana Nery. A maioria mora em cidades vizinhas e não tem como, sem apoio, manter o tratamento oncológico em nível ambulatorial.
Além do paciente, a casa oferece, de segunda a sexta-feira, estadia para um familiar que esteja acompanhando. O projeto dispõe de quatro quartos, havendo capacidade para 32 pessoas dormirem simultaneamente, sendo 16 pacientes e 16 acompanhantes. “Eles podem ficar o tempo que for necessário, mas, geralmente, dá em torno de seis semanas”, fala o assessor de comunicação Lusardo Ramos Júnior.
Para receber a ajuda da associação o enfermo precisa se cadastrar na entidade. Para o cadastro, que é totalmente gratuito, é necessário laudo médico atual e original, que possua o Código Internacional de Doenças (CID), xerox do RG, CPF, comprovante de renda e residência e do cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). “Mediante a apresentação destes documentos e após a visita domiciliar do serviço social é efetivado o cadastro na Aapecan”, explica Lusardo. A partir disso é definido, então, qual o tipo de benefício que o usuário vai receber.  Os  cadastros são realizados todas as terças-feiras na Casa, que fica na Rua Dorval Martins, 249, Bairro Ana Nery.
  A associação auxilia os usuários com doação de fraldas geriátricas, suplementos alimentares, leite e medicamentos. “Tudo é conforme a necessidade de cada paciente”, explica Lusardo. No entanto, o trabalho da instituição não se restringe apenas ao fornecimento de materiais. Os pacientes atendidos pela associação de Santa Cruz ainda encontram oficinas de artesanato, orientação jurídica, teatro, oficina de música, confraternizações em datas comemorativas, datas preventivas, dia de beleza, passeios, palestras e campanhas de prevenção.
Até o fim do mês de novembro a instituição contava com 1.138 pessoas cadastradas. “Oferecemos um ambiente tranquilo e aconchegante, pois nosso objetivo é oferecer o máximo de conforto neste momento tão delicado na vida do paciente, durante o período em que permanecerem na casa. A ideia é que ele sinta-se acolhido enquanto aguarda o retorno para o seu lar, mesmo que isso seja por uma manhã ou meses", destaca o assessor.

Neli da Rosa luta contra o câncer de mama e recebe apoio da Aapecan

A venâncio-airense Neli Fátima da Rosa é uma dos pacientes do Ana Nery que foi acolhida pela Aapecan. Desde que iniciou tratamento contra o câncer de mama, recebe o carinho dos voluntários e funcionários da casa de apoio. No começo, quando fazia quimioterapia, ficava apenas um ou dois dias na associação. “Eu vinha de manhã, fazia o tratamento e, dependendo se estava fraca ou não, ficava ou voltava para a minha casa.”
Com o término das quimioterapias, vieram as radioterapias. Diferente do primeiro tratamento que é realizado em, no mínimo, de 15 em 15 dias, as rádios são feitas diariamente. Na companhia da filha Tatiana da Rosa, elas iam e voltavam de Santa Cruz do Sul todos os dias de ônibus para receber o tratamento no hospital. Rotina cansativa para Neli, que ficava fraca a cada radioterapia feita. Portanto, desde o dia 27 de novembro, a casa de Neli passou a ser a Aapecan. Ao lado da filha, Neli deve permanecer na casa de apoio por 25 dias, voltando para Venâncio Aires apenas nos fins de semana. Para Neli, passar mais tempo na Aapecan do que na própria casa não é um problema. “Aqui é muito bom e a gente daqui é muito legal”, destaca e acrescenta “todo o suporte e apoio que eu e minha filha precisamos eles dão.”

O vídeo da matéria pode ser visto em: http://migre.me/sjxAp

TEXTO: Mahara de Brito e Giuliane Giovanaz – Acadêmicas do Curso de Comunicação Social, habilitação Jornalismo.

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